A nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (8), mostra empate técnico na aprovação e desaprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o levantamento, 48% disseram aprovar o governo, enquanto 49% responderam que o desaprovam, configurando um empate dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais. Outros 3% não souberam responder.

Os números mantêm o cenário de estabilidade em relação ao mês anterior, indicando que a percepção sobre o governo segue dividida entre os eleitores, mas essa é a primeira vez que tem um empate desde janeiro. A pesquisa ouviu 2.004 pessoas entre os dias 2 e 5 de outubro, em todas as regiões do país.

De acordo com o instituto, a aprovação é maior entre beneficiários do Bolsa Família (67%), moradores do Nordeste (62%) e eleitores que se identificam com a esquerda. Já a desaprovação predomina entre bolsonaristas (89%), moradores do Sul (56%) e pessoas com renda acima de cinco salários mínimos.

Entre os que se declaram sem posicionamento político, há leve vantagem para a desaprovação, com 48%, contra 46% de aprovação.

Avaliação do governo

A avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao seu maior nível neste ano, embora ainda seja menor que a avaliação negativa.

De acordo com o levantamento, 33% avaliaram o governo de maneira positiva, ante 31% na rodada anterior, em setembro. A avaliação negativa bateu 37% neste mês, um ponto percentual a menos do que o aferido em setembro. Os que avaliam o governo como regular são 27%, contra 28% na pesquisa anterior.

O levantamento também investigou a percepção sobre o discurso de Lula na Assembleia Geral da ONU, o recente encontro com Donald Trump e temas econômicos, como a reforma do Imposto de Renda e o custo de vida.

Aprovação da reforma do Imposto de Renda

No caso da autorização do IR, que aguarda votação no Senado, 79% dos entrevistados se disseram a favor, ante 75% em julho quando a Questão fez essa pergunta pela última vez. Apenas 17% se posicionaram contra, ante 21% em julho.

Outros 64% concordaram com o aumento da cobrança de imposto sobre os mais ricos, ante 60% em julho, enquanto 29% discordaram, contra 34% em julho.

Sobre a anistia, 47% se posicionaram contra (eram 41% em setembro), enquanto 35% se manifestaram a favor de uma anistia que incluía o ex-presidente Jair Bolsonaro (ante 36%). Para 8%, a anistia devia se aplicar apenas aos que participaram dos atos de 8 de janeiro de 2023 (ante 10%).