'É um filme de terror', diz professora que trancou sala em creche
O agressor pulou o muro e atacou as crianças com golpes na cabeça, afirmou o Corpo de Bombeiros.
Após cometer o crime, o agressor se apresentou à Polícia Militar e foi preso.
O que disse a professora?
"Eu achei que era para socorrer as crianças, levar a um lugar mais tranquilo e falar com eles que um titio invadiu o parque. Não pensamos que era para socorrer as crianças que já não estavam mais ali", disse a professora.
Simone também disse que não sabe de "onde vai tirar forças" para continuar. "Eu já me questionei hoje [se penso em voltar a trabalhar], mas não sei dizer. Eu entrei na direção, mas não no parque. No parque não dá ainda."
A ficha ainda não caiu. É um filme de terror, é um filme de terror que vivemos hoje, de não ter a segurança de levar as crianças para um parque. Aonde vamos parar?" Simone Camargo, professora da creche
O que a polícia já apurou
O agressor parou uma moto em frente à creche e invadiu o local pulando o muro com a machadinha. Saiu da mesma maneira com que entrou e fugiu em um veículo.
Na sequência, o criminoso se entregou à polícia.
A Polícia Civil informou que irá extrair dados de computadores e celulares do autor do ataque. O objetivo é verificar se houve participação direta ou indireta de outras pessoas no atentado.
A Polícia Civil tenta obter imagens de câmeras de segurança para identificar como foi a ação.
'Poderia ser meu filho'
A dona de casa Michele Daiana Postai, 39, moradora do bairro onde fica a creche, se sensibilizou com a situação. Um dos seus filhos é modelo infantil na mesma agência de uma das vítimas.
"Poderia ter sido meu filho", disse. "Fiquei apavorada. Há dois anos ficamos abalados com Saudade [no oeste catarinense, onde outro atentado ocorreu] e agora não podemos não ficar. Nunca imaginamos que podia acontecer do nosso lado."